O gênero influencia a saúde bucal, já é comprovado que as mulheres têm mais problemas bucais que os homens.
A mulher além da puberdade sofre constantes variações hormonais provocadas pela menstruação, gravidez e menopausa. Esses fatores afetam principalmente a saúde da gengiva e as torna mais vulneráveis a doenças periodontais, principalmente a gengivite.
Como a gengivite geralmente não dói, muitas mulheres só vão notar quando os sintomas já estão adiantados como sangramento (com escovação e fio dental), aumento gengival, inchaço, mau hálito, acumulo de cálculo dental (tártaro). Não podemos esquecer que para quem usa contraceptivos orais a inflamação gengival pode ser um efeito colateral bastante comum.
Na gestação as gengivites são frequentes, podendo chegar a até 80% de ocorrência, por ser uma infecção causada por bactérias, essas gestantes podem estar mais propensas a partos prematuros.
Na menopausa é muito comum a Síndrome da Boca Seca, consequência da diminuição da produção de saliva, levando a problemas para mastigar e engolir os alimentos. Os sintomas são mau hálito, língua avermelhada ou áspera, sensação ruim na garganta, ardência. A osteoporose também está relacionada a perdas ósseas na boca.
O acúmulo de funções e responsabilidades também as expõem a fatores comportamentais, sendo o bruxismo muito frequente. É comum dores na face, dor de cabeça, ouvido, perturbações do sono e rigidez muscular no pescoço e ombros.
Por isso é importante as consultas regulares ao dentista para identificar, tratar e orientar as mulheres, além da escovação diária e uso do fio dental. A instrução sobre a ingestão de bastante líquidos diariamente e a adoção de uma alimentação rica em alimentos com alto teor de água também é muito importante.
Fonte: Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas